Publicidade

Mercedes-Benz vai exportar projeto de cabine desenvolvido no Actros brasileiro

Cabine mais baixa desenvolvida pela engenharia da fábrica em SBC chamou a atenção da matriz que irá exportar o projeto para utiliza-lo no Actros F europeu


PEDRO KUTNEY, AB

Uma das soluções desenvolvidas pela Mercedes-Benz para o novo Actros brasileiro chamaram a atenção da matriz, que vai usar a cabine projetada pela engenharia da empresa em São Bernardo do Campo (SP) no Actros F, nova versão de entrada do cavalo mecânico apresentada na quarta-feira, 23, que começará a ser produzida em Wörth, na Alemanha, e lançada a partir de janeiro de 2021 em 24 países da Europa e de outros continentes. Mais baixa e estreita (2,5 m de largura) do que a cabine usada pelo Actros europeu, diminui o arrasto aerodinâmico e reduz de consumo de até 1%, além de poder trafegar em vias mais estreitas e ser mais confortável para o embarque do motorista (três degraus).

"O caminhão desenvolvido aqui está entrando em um novo estágio global, o que demonstra a competência e experiência da nossa equipe de engenharia no País. Esta é a primeira vez que a empresa exporta um projeto desse porte para a matriz, o que traz muito orgulho e satisfação", afirmou Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz Brasil e América Latina.

Na configuração de cavalo mecânico 4x2, o Actros F será o mais leve da família de caminhões pesados da Mercedes-Benz na Europa, com peso bruto total de 18 toneladas. Também será um pouco mais despojado, com cockpit clássico e retrovisores externos convencionais – versões mais caras usam câmeras no lugar dos espelhos. Mas o modelo é equipado com sistemas de segurança ativa de última geração, como frenagem automática de emergência (exigido pela legislação europeia) e assistente de manutenção em faixa. Como opcionais, os clientes podem incorporar o assistente de ponto cego, além do novo Multimedia Cockpit de 10 polegadas com volante multifuncional e o Predictive Powertrain Control (PPC – piloto automático preditivo), que realiza as trocas de marcha automaticamente, de acordo com o estilo de condução e a topografia, para reduzir consumo de combustível.

SOLUÇÃO BRASILEIRA

Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz no Brasil, recordou que quando a empresa começou a desenvolver o Actros para o Brasil descobriu que “a cabine era muito alta e grande para as condições do País”. Após pesquisas com clientes e estudos da engenharia, chegou-se ao desenho da cabine brasileira que aumentou a eficiência do caminhão.

A redução da área com o uso de carretas mais baixas – muito comuns no Brasil para o transporte de grãos – reduziu o arrasto aerodinâmico e resultou em economia de combustível de até 1%. “Isso significa, por exemplo, uma economia de até R$ 500 mil por ano numa frota de 200 caminhões no nosso País”, destaca Leoncini.

Ao mesmo tempo, a cabine mais baixa permite atender clientes que operam com restrição de altura do veículo em suas atividades de transporte, além de assegurar mais conforto e facilidade de embarque e desembarque para o motorista, com menos degraus de acesso (apenas três). Apesar da redução das dimensões externas, foi mantido um amplo espaço interno, com altura de até 1,84 m.

“Ouvimos muito os transportadores e motoristas aqui no Brasil até chegarmos a essa cabine, que é de série no novo Actros brasileiro e agora essa solução desenvolvida aqui vai atender outros clientes e mercados”, observa Leoncini.
 

 

Publicidade