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Mercado brasileiro registra baixa nas exportações de produtos químicos

No acumulado entre janeiro e julho, exportação dos produtos teve queda de 13,2%, totalizando US$ 6,5 bilhões


As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 3,6 bilhões em julho, aumento de 4% na comparação com o mês anterior, junho. Em termos de volumes, as movimentações foram, no mês, de praticamente 4,8 milhões de toneladas, com elevação de 17,7% na comparação com junho e de 6,7% em relação ao mesmo mês de 2019. Em que pese todo o conjunto de desafios para retomada econômica em um primeiro semestre marcado pela pandemia de Covid-19, em todos os meses de 2020 as importações foram superiores a US$ 3 bilhões e as quantidades um recorde de praticamente 27,7 milhões de toneladas no acumulado do ano, aumento de 10,7% na comparação com o igual período de 2019, resultado que, até então, era a maior marca desse indicador para o período.

No acumulado deste ano, entre janeiro e julho, as importações de produtos químicos alcançaram US$ 23,2 bilhões, o que representa um recuo de 6,7% em relação ao mesmo período de 2019. Já as exportações brasileiras dessas mercadorias tiveram queda de 13,2%, totalizando US$ 6,5 bilhões até julho, sendo grande a preocupação com o desempenho das vendas para o exterior até o final do ano com o agravamento dos reflexos da pandemia na economia global, em especial para os principais destinos regionais como Argentina e demais países latino-americanos.

Com esses resultados, o déficit na balança comercial de produtos químicos chegou, até julho, à marca de US$ 16,7 bilhões, recuo de 3,9% em relação ao mesmo período de 2019. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2019 a julho deste ano, o déficit comercial somou US$ 31 bilhões, sendo crescente a percepção de que, caso nada seja feito para melhorar sistemicamente o cenário de negócios e a competitividade para a indústria nacional, até o final de 2020 esse indicador poderá até ser superior ao resultado do ano anterior, de US$ 31,4 bilhões, obtido em um contexto isento de impactos da Covid-19.

Para o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, a indústria química tem um grande potencial de ser um dos setores econômicos que podem colaborar mais objetivamente na recuperação econômica nacional e ser um dos mais dinâmicos nos próximos anos. — Além das reformas estruturantes e modernizadoras da economia nacional, alguns programas de ajustes competitivos são indispensáveis para uma retomada sustentável da competitividade da indústria nacional, sendo que um deles é particularmente crítico para o setor químico: o Novo Mercado de Gás. A Abiquim é a favor da rápida aprovação do PL do Gás, pois ele poderá promover o desenvolvimento de um mercado aberto e livre de gás na exploração, escoamento, processamento, transporte, estocagem, comercialização, além da desverticalização de seu transporte e, por consequência, transparência nos valores cobrados pela molécula e pelo transporte, garantido a segurança jurídica necessária para a ampliação da utilização da capacidade instalada no País e a atração de novos investimentos — destaca Marino.

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