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Número divulgados pela Fenabrave que reúne as associações de concessionários

Falta de modelos de baixa cilindrada ainda afeta números do setor; Fenabrave já prevê menos de 700 mil unidades para 2020


MÁRIO CURCIO, AB

Os licenciamentos de motos em junho somaram 45,9 mil unidades, revelando alta de 57% sobre maio como consequência da reabertura tanto de Detrans como de concessionárias em boa parte do País. Já a comparação com junho de 2019 indica queda de 42,7%. Os números foram divulgados pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários.

A comparação com janeiro mostra como o setor está distante do ideal. O volume emplacado em junho foi a metade do que se teve no primeiro mês do ano (91,7 mil motos). Segundo a Fenabrave, entre os motivos para o fraco desempenho de junho está o desabastecimento da rede por causa do período de paralisação de parte das fábricas e também pelo ritmo mais lento adotado no retorno (como forma de prevenção à Covid-19).

“Também faltaram peças para montagem. Com isso estão em falta modelos de baixa cilindrada, cuja demanda cresceu por causa do aumento da procura pelos serviços de entrega”, afirma Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

A maior fábrica de motos no País é a Honda, que detém 77% do mercado no acumulado do ano e ficou parada por dois meses em razão da quarentena. A falta de produtos também foi sentida pelos consorciados.

As vendas no acumulado do ano somam 350,3 mil unidades, resultando em queda de 33,9% na comparação com o primeiro semestre de 2020. O volume para o período é semelhante ao de 20 anos atrás.

Assim como fez para automóveis e veículos comerciais, a Fenabrave revisou suas projeções para motos. No começo do ano, antes da pandemia, a entidade havia projetado um mercado de 1,17 milhão de unidades e alta de 9% sobre 2019. A nova estimativa é de 692,1 mil motocicletas e queda de 35,8%.

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