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Marcopolo registra crescimento da receita verificada no primeiro trimestre

Mercado brasileiro puxa os negócios com maior demanda no período


REDAÇÃO AB

A Marcopolo registrou crescimento da receita verificada no primeiro trimestre ao faturar R$ 919,4 milhões no período contra R$ R$ 898,6 milhões em iguais meses do ano passado. O crescimento, segundo a empresa, se deve à maior demanda dos negócios no Brasil, que representaram mais da metade do faturamento, com R$ 469,6 milhões.

Apesar disso, a produção por aqui recuou 2,7%, passando de 3,5 mil para 3,4 mil ônibus. Com isso, o lucro líquido fechou em R$ 10,7 milhões, resultado 60,3% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2019, quando a empresa anotou lucro líquido de R$ 27 milhões.

Na análise do diretor financeiro e de relações com investidores da Marcopolo, José Antonio Valiati, os resultados do trimestre retrataram um cenário que ainda era de quase normalidade da demanda e do ritmo de crescimento da indústria brasileira de ônibus, que vinha em trajetória de crescimento após a última crise, portanto, ainda não tinha sido afetada pela nova crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

“No trimestre, os impactos provocados pela pandemia de Covid-19 se referem à interrupção das atividades na controlada Marcopolo China, que registrou retração de 82,2% na produção e a variação cambial causada pela desvalorização de moedas locais em relação ao dólar. A queda de produção e entregas no Brasil aconteceu somente no fim de março, quando a empresa adotou as férias coletivas em todas as unidades no País”, comenta.

A direção da Marcopolo prevê que neste trimestre há uma tendência de menor demanda, tanto dos clientes brasileiros como de outros mercados.

“Iniciamos a crise com uma boa carteira de pedidos e houve poucos cancelamentos. Desde o fim das férias coletivas, mantemos aproximadamente 50% da mão de obra em atividade nas unidades nacionais e, apesar de em volumes menores, continuamos recebendo novos pedidos diariamente, tanto para o mercado interno, como, em especial, para o mercado externo, compondo uma carteira que, mantido o ritmo atual de produção no Brasil, teremos estabilidade até o fim de julho”, destaca Valiati.

A encarroçadora de ônibus paralisou suas operações no Brasil em 23 de março e por um período de 20 dias por meio de férias coletivas para todos os empregados. A medida afetou todas as unidades, as duas de Ana Rech, em Caxias do Sul (RS), a planta de Xerém (Duque de Caxias, RJ) e a de São Mateus (ES).

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