Investimento em tecnologia é uma das saídas para maior rentabilidade do etanol
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Milho representa de 75% a 80% do custo do etanol a partir do cereal
Com produtores de etanol buscando maior rentabilidade e soluções que reduzam o custo do litro produzido, o investimento em tecnologia é uma das saídas. Uma iniciativa que tem ganhado tração é o uso de enzimas mais eficientes para ampliar o aproveitamento do amido presente no grão — principal matéria-prima do processo.
Estudo recente da Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS), empresa de biotecnologia com atuação no setor, mostra que a escolha correta, baseada em dados para a combinação da enzima alfa-amilase com outras, como proteases e xilanases, pode aumentar o rendimento industrial e, consequentemente, reduzir a dependência do volume de milho utilizado.
Segundo a estimativa, cada 1% de ganho no aproveitamento do amido pode gerar um aumento de até 0,4% na produção de etanol. Em uma planta de médio porte, com produção diária de 500 mil litros, esse avanço representa cerca de 2 mil litros extras por dia. Considerando uma operação de 350 dias e o preço médio do etanol em R$ 3,50 por litro, a economia potencial chega a R$ 2,5 milhões por ano.
Em 2025, o etanol de milho deverá chegar a 10 bilhões de litros no Brasil, mais de um quarto do total nacional, estima a UNEM (União Nacional do Etanol do Milho). O milho representa de 75% a 80% do custo total do etanol produzido a partir do cereal, o que faz da eficiência industrial um fator central para preservar margens.
“Há uma correlação direta entre eficiência na conversão do amido e rentabilidade da planta. Com o milho representando o maior custo operacional, cada litro a mais extraído da mesma quantidade de insumo significa ganho direto para o caixa da usina”, aponta Eder Bordin, gerente de tecnologia e inovação da LBDS na América do Sul.
Além do peso do custo da matéria prima, a maior eficiência no uso de enzimas pode trazer benefícios ambientais. Com maior aproveitamento do amido, é possível produzir mais etanol com menos cereais, reduzindo o uso de terra, água e insumos agrícolas. Também há redução na necessidade de queima de biomassa — usada para geração de energia térmica —, que em algumas usinas responde por até 15% do custo total de produção.
Ainda assim, os especialistas alertam que os ganhos com enzimas de alta performance só são alcançados em plantas bem estruturadas, com controle de processos e gestão operacional qualificada. “Não se trata apenas de aplicar um novo produto, mas de ter um sistema capaz de operar no limite da eficiência”, afirma Bordin.
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