Por Gui Arruda, CEO da Vertown

Durante minha participação no South Summit 2024, ao lado de especialistas em sustentabilidade como Rita Ferrão e Marinnah Dias, fui instigado a analisar os desafios e oportunidades que cercam a busca pela sustentabilidade. Em foco, estiveram temas como a transição energética, descarbonização e gestão de resíduos.

A agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) tornou-se uma parte intrínseca das estratégias de negócios, impulsionada tanto pela regulação cada vez mais rígida quanto pela crescente pressão de investidores e clientes por práticas mais sustentáveis. Uma pesquisa recente da consultoria Deloitte revelou que as mudanças climáticas estão entre os três principais focos prioritários da alta administração, refletindo a urgência e a importância atribuídas ao tema.

Um aspecto central dessa agenda é a transição energética, que visa substituir gradualmente os combustíveis fósseis por fontes renováveis e mais limpas. O investimento global nessa transição atingiu um recorde de US$ 1,77 trilhão em 2023, indicando uma crescente conscientização e comprometimento com o futuro sustentável. No entanto, especialistas alertam que esses investimentos ainda não são suficientes para cumprir as metas do Acordo de Paris, destacando a necessidade de uma ação decisiva por parte dos formuladores de políticas.

No contexto da transição energética, a gestão de resíduos desempenha um papel fundamental. Pouquíssimas empresas sabem quanto de emissões tiveram no ano passado. Sem medir, não entendemos o tamanho do problema. Medir a geração de resíduos é um dos passos para medir emissões. Afinal, a destinação inadequada de resíduos pode contribuir significativamente para as emissões de gases de efeito estufa. Portanto, a implementação de práticas eficazes de gestão de resíduos não apenas reduz o impacto ambiental, mas também pode fornecer dados valiosos para a avaliação e mitigação das emissões de carbono.

Além disso, a descarbonização não é apenas uma questão ambiental, mas também financeira para as empresas. 70% das emissões já podem ser resolvidas com tecnologias existentes. Investir em soluções de baixo carbono não apenas reduz os custos operacionais a longo prazo, mas também pode melhorar a reputação da empresa e atrair investidores que valorizam práticas sustentáveis. Empresas que ignoram a transição energética e a descarbonização correm o risco de ficar para trás em um mercado cada vez mais orientado para a sustentabilidade.

À medida que avançamos nessa jornada rumo à sustentabilidade, é crucial que as empresas adotem uma abordagem holística que leve em consideração não apenas os aspectos ambientais, mas também os sociais e econômicos. A gestão eficaz de resíduos, aliada à adoção de práticas de baixo carbono, pode criar valor tanto para as empresas quanto para a sociedade como um todo. Ao abraçar essa transformação, podemos construir um futuro mais sustentável e próspero para todos.

Sobre Gui Arruda: Gui Arruda é o CEO da Vertown, uma empresa líder em soluções de gestão de resíduos e sustentabilidade. Com uma visão centrada na inovação e na responsabilidade ambiental, Gui está comprometido em liderar a empresa em direção a um futuro mais verde e sustentável.

Amanda Albela <amanda@sheepcomunicacao.com.br>