Publicidade

Dia Mundial da Eficiência Energética é uma oportunidade para avaliar a robustez do sistema energético

Presidente da Schneider Electric para a América do Sul, Rafael Segrera destaca o protagonismo das empresas no consumo inteligente de energia


O Dia Mundial da Eficiência Energética, celebrado em 5 de março, é uma oportunidade para avaliar a robustez do sistema energético nacional e sua capacidade de fornecer energia de forma contínua, segura e sustentável. Essa reflexão ganha especial importância em países como o Brasil, onde as mudanças climáticas podem condicionar a produção e o fornecimento constante de energia.

Em janeiro de 2024, por exemplo, tempestades e ventos de cerca de 90 km/h causaram falta de eletricidade por horas em 300 mil unidades consumidoras em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de outras 100 mil no Rio Grande do Sul. 

Diante de um crescimento iminente e exponencial da demanda energética, a transição para fontes renováveis e limpas não apenas se apresenta como uma resposta aos impactos climáticos extremos, como também é um meio de democratizar o acesso à energia e aumentar a confiabilidade do sistema. 

"É preciso, contudo, atenção ao outro lado da mesma moeda, o do consumo. Afinal, 55% das transformações necessárias para atingirmos o Net Zero virão da redução no uso de energia, segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF)", afirma o presidente da Schneider Electric para América do Sul, Rafael Segrera. "É a conhecida eficiência energética, que visa o uso inteligente dos recursos energéticos."

A tecnologia como chave para a eficiência energética 

Segrera explica que a transformação digital no gerenciamento da energia em residências, empresas e indústrias é crucial para alcançar essa otimização. A aplicação de tecnologias já existentes aliviará a pressão sobre a rede elétrica e posicionará o Brasil na vanguarda das práticas sustentáveis.

"Não podemos ignorar a necessidade de abordar o desperdício energético, que atualmente ultrapassa os 60% globalmente. Como sociedade e indústria, temos a responsabilidade coletiva de melhorar nosso uso dos recursos", diz Segrera.

Para enfrentar esses desafios, é necessário reforçar a infraestrutura elétrica por meio de investimentos significativos destinados à sua modernização e expansão. A melhoria da confiabilidade do sistema elétrico emerge como um elemento essencial para enfrentar tanto os desafios atuais quanto os futuros, garantindo, assim, a estabilidade do fornecimento elétrico no Brasil. 

O protagonismo das empresas 

Para Segrera, os líderes brasileiros têm um papel de destaque para ajudar o país a ter maior resiliência energética e ser mais sustentável, começando por um planejamento de descarbonização de suas organizações. 

"O primeiro passo é medir a própria pegada de carbono e compará-la com a de seus concorrentes, com metas, cronogramas e investimentos definidos", destaca Segrera. "Esse plano de ação pode ser organizado em quatro blocos: reduzir o consumo de energia; substituir fontes intensivas em carbono por renováveis; compensar emissões residuais; e envolver toda a cadeia de suprimentos."

Segrera reforça que já há soluções disponíveis no mercado para isso, como as microrredes, que integram geração, armazenamento e software de gerenciamento energético, aceleram a descarbonização e tornam as empresas mais resilientes e competitivas. "Esse é o caminho certo para o Brasil ser um exemplo mundial em eficiência energética e sustentabilidade", conclui Segrera. 

 Tamires Rodrigues <tamires.rodrigues@rpmacomunicacao.com.br>

Publicidade