BMW Motorrad bate pela primeira vez a marca de 14 mil unidades de motos vendidas no país
Automotive Business -
Marca teve melhor resultado de história no ano passado, quando vendeu mais de 14 mil unidades
A BMW Motorrad teve motivos de sobra para comemorar em 2023. Mesmo sem novidades, a fabricante conseguiu bater pela primeira vez a marca de 14 mil unidades vendidas no país.
Foram nada menos do que 14.106 motocicletas comercializadas pela montadora alemã ao longo do ano passado.
“Tivemos um desempenho digno de mercado europeu (em 2023), só que não tão simples como os números sugerem. Não tivemos novidades expressivas, mas, mesmo assim, entregamos uma proposta de valor importante para nossos clientes. Diante disso, acho que foi um resultado muito bom”, ponderou Julian Mallea, CEO da BMW Motorrad Brasil.
O executivo afirma que, atualmente, o Brasil está “no top 6” dos mercados mais importantes da BMW Motorrad no mundo. Julian, a propósito, não poupou elogios à planta de Manaus, no Amazonas, responsável por produzir 99% do volume de motocicletas vendidas no país.
“Nossa planta de Manaus obedece aos mesmos padrões de qualidade e produção de qualquer fábrica europeia. A paixão com que os funcionários trabalham lá é encantadora. Existe um amor e um desejo de pertencimento à marca que é muito importante para nós”.
Diante de um recente aumento no ritmo de produção, o CEO da BMW Motorrad afirmou que existe espaço para um novo incremento no futuro.
“A capacidade produtiva foi incrementada de 15 mil para 19 mil por ano. Nossa produção segue a demanda do mercado”, declarou.
Novos modelos podem ser decisivos
Após bater recordes de vendas de motos no ano passado, a BMW aposta que 2024 pode ser ainda melhor. O modelo que pode ser decisivo para esse resultado é a R 1300 GS, cuja produção nacional foi confirmada no fim do ano passado e começa agora em fevereiro.
O lançamento comercial, porém, ocorrerá no segundo trimestre. A R 1300 GS é a quarta das sete novidades prometidas pela BMW Motorrad desde o anúncio realizado em 2022.
Antes dela já vieram F 900 R, S 1000 RR e o scooter C 400 X. A fabricante faz mistério em relação aos três produtos remanescentes, mas admite que o exótico CE 02 não será um deles.
“É um modelo que acabou de ser lançado lá fora e todo projeto que vem para cá precisa ser analisado cuidadosamente. Para mim (a CE 02), não segue um conceito literal de moto, é mais como se fosse um item pessoal, algo como um smartphone. É claro que haverá os early adopters que vão comprá-la, mas o que vem depois?", afirmou Julian Mallea.
"Para mim, é mais prudente esperar como o mercado vai evoluir, até porque não sei se a CE 02 se encaixa no conceito puro de motocicleta. Tem cara de moto, é uma moto, mas pode ser algo que só os early adopters vão gostar no Brasil”, completouo executivo.
Regionalizar eventos para conquistar clientes
A BMW também pretende realizar mais eventos pelo país, até como forma de atrair novos clientes nas regiões onde ainda não tem presença tão forte.
“Estamos investindo bastante em eventos regionais com nossa rede de concessionárias para que (o cliente) não fique todo concentrado em São Paulo e Brasília”.
Julian revelou que a demanda por motocicletas da BMW está crescendo exponencialmente em vários mercados pelo país, inclusive nas cidades do interior. Além disso, a fabricante também apresentou bons resultados em capitais das regiões Sul, como Florianópolis, e Nordeste, como Fortaleza e Salvador.
O executivo disse que, em várias praças, o cliente acaba visitando uma concessionária BMW/Mini com a intenção de procurar um automóvel, mas acaba se interessando pela motocicleta.
“Tem muita gente que entra na loja e se encanta pelas motos. Neste sentido, a (scooter) C 400 X acaba sendo a primeira motocicleta BMW de vários clientes”, revela.
S 1000 RR é grata surpresa
Quem também faz bonito nas vendas é a S 1000 RR. Mesmo custando R$ 130 mil, a superesportiva da marca alemã teve nada menos do que 1.083 unidades comercializadas em 2023, ano em que foi completamente renovada.
O presidente da BMW Motorrad revelou que o Brasil “já foi o segundo maior mercado da S 1000 RR no mundo”, e que ainda hoje apresenta ótimos resultados.
“Acredito que, neste ano, vamos fechar como terceiro ou quarto (mercado global). Nós vendemos muitas motos em Florianópolis, Sorocaba, Jundiaí, Minas Gerais e em Goiânia também. É por isso que também queremos retomar as clínicas de alta performance com os clientes”.