ABDAN acaba de revelar os vencedores do Hackapower
Agência a mais -
Grupo Amaná se destaca com projeto de energia limpa
A Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) acaba de revelar os vencedores do Hackapower, o Hackathon da Energia Nuclear: grupo Amaná saiu vitorioso. O time impressionou o júri com seu projeto intitulado "Complexo de Energia Limpa: Inovação Nuclear com o Uso de SMR para Produção de Combustíveis Sintéticos Utilizando Água Salobra e CO2 da Atmosfera". Na proposta, tecnologias inovadoras como a captura de carbono e a co-eletrólise são combinadas com a energia de um reator nuclear modular para gerar combustíveis sintéticos de alta qualidade. Utilizando água salobra dessalinizada e CO2 capturado diretamente da atmosfera, o complexo de energia apresenta uma produção anual de diesel equivalente significativa, indicando a viabilidade do projeto para o mercado de e-fuels.
O grupo vencedor é composto por alunos de diferentes universidades brasileiras, como a Larissa Pinheiro, do curso de Engenharia Nuclear da COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Iago Gomes, do curso de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Nucleares, Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), a Isabella Magalhães, do Departamento de Engenharia Nuclear da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Suelen Oliveira, do curso de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear do Instituto Militar de Engenharia (IME) e o João Alegrio, da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Celso Cunha, presidente da ABDAN, ressaltou o impacto do estudo na promoção da inovação na área nuclear: "O projeto vencedor é um exemplo brilhante de como a criatividade e a inovação podem transformar a indústria nuclear, aproveitando recursos distintos para produzir energia limpa e sustentável. O grupo Amaná exemplifica a criatividade e o compromisso dos jovens talentos em direção a um futuro energético mais limpo".
O Hackapower, parte das Olimpíadas Nucleares Brasileiras 2023 (ONB), contou com a participação de cinco grupos competidores de diversas instituições de ensino em todo o Brasil. A competição atraiu estudantes de graduação, mestrado e doutorado com um interesse apaixonado pela energia nuclear, cibernética e inteligência artificial aplicadas a essa área. Patricia Wieland, uma das pesquisadoras que faz parte da organização, ressaltou a importância do evento ao enfatizar que ele fortalece a colaboração entre as instituições acadêmicas e a indústria, resultando em soluções criativas e inovadoras para desafios nucleares. "O Hackapower é um exemplo brilhante de como a inovação e o entusiasmo dos jovens talentos podem abrir novos caminhos e perspectivas para a indústria nuclear brasileira, impulsionando o país em direção a um futuro energético promissor".
A coordenação da ONB também esteve nas nas mãos da engenheira nuclear da Framatome, Eliene Silva, que faz questão de afirmar o orgulho: "Fico extremamente orgulhosa de nossa equipe e de todos os envolvidos por demonstrarem que a inovação e a visão podem transformar nossa indústria. É gratificante ver como a próxima geração de talentos em engenharia nuclear está disposta a abraçar desafios complexos. Este projeto vencedor reflete o compromisso e a paixão em fazer a diferença no setor de energia nuclear."
A competição teve mentoria de Leonam Guimarães (ABDAN/Eletronuclear) e Karla Lepetitgaland (Eletronuclear), e o juri foi formado por Carlos Leipner (Global Nuclear Energy Strategy/executivo do setor), Alice Cunha (Westinghouse), Nivaldi de Castro (GESEL-UFRJ), Marcos Antônio (Comunicação Eletronuclear) e Cristiane Pereira (Comunicação ABDAN).
Como parte de sua recompensa, o grupo vencedor, Amaná, será levado ao evento Nuclear Legacy, programado para os dias 7 e 8 de novembro, em Brasília. Lá, eles serão reconhecidos por sua excelência e criatividade, e terão a oportunidade de compartilhar suas ideias com especialistas em energia nuclear de todo o país.
Mais informações | Agência A+: Larissa Haddock Lobo (21. 99998-4687) larissa@agenciaamais.com.br