Fábio Kuriyama*

 A descarbonização na indústria passa por ações concretas de aumento da eficiência energética, mas também pela conscientização dos públicos internos e externo, redução de gastos e incentivo ao consumo circular. Sobretudo, requer a coleta de dados que permitam mapear a situação atual das unidades produtivas ligada à marca.

De olho nas mudanças climáticas, os meios produtivos estão sendo cobrados cada vez mais para compensar sua pegada de carbono – e são inúmeras as opções no mercado atualmente. Uma das providências mais recentes veio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que criou “a missão descarbonização” dentro do Plano de Retomada da Indústria, para estimular energias limpas por meio do programa de transição energética. 

Obter dados confiáveis são a primeira missão nesse percurso, o que pode ser alcançado com a contratação de uma consultoria ambiental especializada e certificada. Informar-se a respeito do mercado de créditos de carbono é outra medida recomendada, de forma a atuar dentro da legalidade e com segurança jurídica.

Sabemos que existe o risco do greenwashing por parte do mercado, e por isso a certificação de todos os parceiros é tão necessária, para que os resultados sejam efetivos. Outro passo ideal é levantar um inventário de emissões, para só então partir para a limpeza de suas pegadas de carbono – e estar abertos às necessidades da indústria de se posicionar ambientalmente. Só é possível divulgar aquilo que efetivamente se alcançou.

Visto que o aquecimento global é um fato que já vem acontecendo com bastante intensidade, e tende a piorar a cada ano que passa, é imprescindível reduzir ou neutralizar nossos impactos ambientais. Caso contrário, nossas futuras gerações serão drasticamente afetadas. A indústria tem sua responsabilidade nesse percurso para minimizar cada vez mais essas pegadas que são deixadas em nosso planeta.

*Fábio Kuriyama é supervisor de Qualidade da GEMÜ do Brasil.

Vanessa Brandalize - Smartcom <vanessa.brandalize@smartcom.net.br>