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Subaru promete quatro carros elétricos até 2026

Outra marca japonesa retardatária na eletrificação, empresa quer lançar quatro EVs até o fim de 2026


Fernando Miragaya

Assim como outras fabricantes japonesas, a Subaru parecia adormecida para a eletrificação. Agora, despertou. Pelo menos nos planos a curto e médio prazos, com metas bastante ousadas. 

A Subaru promete quatro carros elétricos até 2026. Todos serão SUVs/crossovers zero combustão. 

Além disso, a fabricante planeja alcançar uma capacidade de produção global de 400 mil EVs/ano até 2028. Para tal, a Subaru vai abrir uma fábrica em Yajima (Japão) em 2026 e inaugurar uma linha de montagem de elétricos na unidade Oizumi (também no seu país-sede, em 2027.

Subaru não pretende produzir elétricos nos EUA

O CEO da Subaru, Tomomi Nakamura - que será sucedido em junho por Atsushi Osaki -, minimizou o fato de concentrar a produção de carros elétricos primeiro no Japão, e nada nos Estados Unidos - que representa 70% das vendas da montadora. O governo norte-americano tem um plano de incentivos e subsídios para produtos eletrificados produzidos localmente.

O executivo ponderou que o perfil dos clientes da marca não seria motivado por subsídios.

“Eu me pergunto se os consumidores americanos escolhem seus carros apenas com base em incentivos fiscais. Temos uma proporção maior de clientes que compram à vista, além de taxas de empréstimo e arrendamento baixas. Vamos tentar não depender apenas do programa de subsídios”, afirmou.

Dentro da estratégia, a Subaru quer vender 200 mil veículos 100% elétricos por ano globalmente a partir de 2026. O fornecimento das baterias para esses EVs ficará a cargo de sua joint venture com a Toyota.

Mesmo sem elétricos, Subaru quase triplicou lucro

O plano foi detalhado durante a apresentação do balanço da empresa. O lucro operacional da montadora japonesa quase triplicou no último ano fiscal, encerrado em 31 de março.

De acordo com o relatório, as vendas globais da marca somaram 852 mil veículos no período, alta de 16% na comparação com o ano fiscal anterior. Já o lucro operacional saltou para US$ 2,02 bilhões, aumento de 196%, e o lucro líquido ficou em US$ 1,51 bilhão, crescimento de 186%.

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