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Associação Europeia das Fabricantes de Automóveis elegeu Luca de Meo como presidente para 2023

CEO da Renault é o novo líder da associação das fabricantes de automóveis do continente


Vitor Matsubara

O conselho da Acea (Associação Europeia das Fabricantes de Automóveis) elegeu Luca de Meo, CEO do Renault Group, como presidente para 2023. O executivo assume o cargo no dia 1º de janeiro no lugar de Oliver Zipse, CEO da BMW, que esteve na função pelos últimos dois anos.

"Olhando para o futuro, nós precisamos que a Europa implemente urgentemente políticas que apoiem totalmente nossa meta de descarbonização, e nos permita enfrentar a crescente competitividade global", analisou de Meo.

O presidente da ACEA cumpre um mandato inicial de um ano, podendo ser estendido por mais um ano mediante votação dos CEOs das maiores fabricantes de automóveis de passeio, caminhões e ônibus.

Desafios da Acea

Zipse, o atual CEO, fez uma breve análise sobre as dificuldades enfrentadas pelas fabricantes nos últimos anos.

"Esses últimos anos foram marcados pela pandemia de covid, problemas na cadeia de fornecedores, guerra na Ucrânia e a crise energética - e todos esses fatores tiveram impactos profundos no nosso setor. Apesar de tudo isso, a indústria automotiva europeia segue sendo o ponto de confiança da União Europeia em tempos extremamente voláteis. Ao mesmo tempo, trabalhamos duro para assegurar que a neutralidade tecnológica seja a base da competitividade no continente".

O momento tem sido de grandes desafios para a associação das montadoras da Europa. Recentemente, a entidade perdeu uma associada de peso, a Stellantis, quarto maior grupo automotivo do mundo. A fabricante saiu da organização para criar o Fórum da Liberdade de Mobilidade, que pretende debater mais do que as questões que envolvem apenas as fabricantes de veículos.

A Acea também tem batalhado para chegar a consensos com os legisladores dos países europeus, que tem trabalhado em metas cada vez mais apertadas de redução das emissões. Segundo as montadoras, essa lógica pode impedir a lucratividade e, até mesmo, a viabilidade das empresas, que precisam fazer investimentos intensos em novas tecnologias de descarbonização.

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