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Soluções para indústria automotiva com o uso de Inteligência Artificial

Empresa de otimização industrial em tecnologia de ponta, criada por engenheiros de Sorocaba, oferece ferramentas para melhora de performance


Segundo o filósofo francês Luc Ferry, as principais marcas da quarta revolução industrial, ou indústria 4.0 são: a robótica, o digital e a Inteligência Artificial (IA). Esse fenômeno está mudando em grande escala a automação e também a troca de dados, bem como as etapas de produção e os modelos de negócios, por meio do uso de máquinas e computadores. Inovação, eficiência e customização são as palavras-chave para definir este novo momento.

Hoje, a Inteligência Artificial é aplicada em praticamente todos os segmentos industriais. Como exemplo, na indústria automotiva brasileira, temos soluções em processos envolvendo a experiência do usuário, cadeia de suprimentos, inspeção veicular, gestão de frotas e antecipação de falhas.

Em Sorocaba, um grupo de engenheiros já enxergava este mercado em 2015. “Era final do ano, estávamos no meio da crise econômica quando resolvemos sair de nossos empregos para abrirmos juntos uma empresa voltada para automação industrial e prestação de serviços de integração de sistemas”, explica o engenheiro de controle de automação Roberto Eyama, 33 anos. Roberto é um dos fundadores da BirminD, uma empresa de otimização industrial que se apoia em tecnologias de ponta, como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (IoT), para melhorar a performance de máquinas e processos, reduzir desperdícios e refugos, e minimizar os impactos ambientais das linhas de produção.

“Na época, a ideia era focar em automação de processos industriais. Começamos a fazer projetos e percebemos que era um mercado muito difícil. Havia muita concorrência e pensamos que precisaríamos ter um diferencial. Foi aí que veio a Inteligência Artificial como uma possibilidade. Sabíamos que a indústria, principalmente a nacional, estava muito carente de soluções. Todos os outros setores já estavam pesquisando, mas ninguém sabia ao certo por onde começar”, completa Eyama, lembrando do início da jornada da BirminD, ainda como startup.

Segundo Diego Mariano, (34), co-fundador e CEO da BirminD, atualmente a empresa atende indústrias de pequeno, médio e grande porte em todo o país que desejam melhorar sua produtividade no chão de fábrica e processos com soluções de Inteligência Artificial. “Nosso foco em resultados direciona as produções a melhorarem o OEE (Overall Equipment Effectiveness) e reduzir seus custos de manutenção”, comenta. 

Em julho de 2020, a BirminD passou a fazer parte do Grupo WEG, uma multinacional brasileira de capital aberto, presente em mais de 30 países, que tem uma receita anual de mais de 20 bilhões de reais. Esta fusão somou forças, integrando soluções de Indústria 4.0 aos recursos da WEG Digital Solutions. “Foi uma trajetória bem interessante, se pensarmos que o nosso investimento inicial foram nossas reservas financeiras, pouco mais de 30 mil reais, o apoio de alguns investidores anjo, a aceleradora Criabiz e o trabalho de 4 pessoas em um pequeno coworking da cidade”, lembra Eyama. A WEG se tornou sócia e permitiu que a BirminD desenvolvesse novos produtos e validasse soluções dentro das suas próprias fábricas, dando robustez às tecnologias inovadoras antes que chegassem ao mercado. 

Hoje a BirminD desenvolve e fornece uma plataforma digital, o B-Wise, que funciona tanto em ambientes sem conexão com a internet, quanto em ambientes que podem ser integrados às suas APIs em nuvem. “Essas ferramentas são modularizadas e, desta forma, os clientes têm a opção de soluções compostas pelos módulos que atendem melhor o momento da sua produção. Nós temos o módulo de historiamento de dados, por exemplo, que é composto por ferramentas, softwares, que se conectam às máquinas e começam a buscar as informações necessárias. Neste processo, também utilizamos dados de produção. Conseguimos saber, por exemplo, qual era o operador, quantas peças foram produzidas, quantas peças estavam boas e quantas tiveram que ser retrabalhadas, ou descartadas”, explica Diego.

Outra solução de Inteligência Artificial oferecida pela empresa é o módulo de otimização de malhas de controle PID - que atua no controle industrial, ajudando a estabilizar processos, reduzindo custos e auxiliando na qualidade nas linhas produtivas. Já o módulo de detecção de anomalias, estuda o comportamento de uma variável ao longo do tempo, focando na manutenção e na qualidade da produção, informando quando uma variável (temperatura, pressão, peso, por exemplo) está saindo do ponto ideal que um processo demanda e ajudando na correção de possíveis falhas.

Grandes indústrias como a Maxion Structural Components já foram agraciadas com as inovações dos produtos envolvendo a Inteligência Artificial oferecidos pela BirminD. No caso deste cliente, uma das maiores indústrias do setor automotivo no Brasil, um otimizador de malhas de controle PID foi instalado nas estações de tratamento de efluentes da indústria para a formação de um banco de dados sobre as informações deste processo e sugestão de melhorias apoiadas nos algoritmos de Inteligência Artificial. O resultado desta ação foi uma redução de 30% no uso de leite de cal para controle de pH da água daquele processo. Um resultado bastante expressivo tanto financeiramente como em questões ambientais, o que levou a indústria a receber da Mercedes Benz um Prêmio Ambiental. Em outros casos, clientes chegaram a reduzir em até um milhão de reais os gastos com insumos para tratamentos térmicos e até 88% em desperdícios de variabilidade no consumo de energia elétrica, utilizando a Inteligência Artificial criada pela empresa. “Muitos outros projetos estão hoje em andamento, que vão desde a otimização até a prestação de serviços. Temos um diferencial em nossas soluções que é a flexibilidade que ofertamos de conseguir integrar nossas ferramentas com outros sistemas e marcas. E as soluções que auxiliam na manutenção prescritiva, usando dados para apontar falhas que ainda vão acontecer em determinado processo, ajudando a estender o real tempo de vida útil de uma peça”, enfatiza Mariano.

A Inteligência Artificial já mostrou a que veio. Estudos recentes estipulam um aumento de 22%, em média, da capacidade de produção das micro, pequenas e médias empresas de inúmeros segmentos. “Muita gente se pergunta se realmente a Inteligência Artificial é importante para rodar uma planta industrial hoje em dia. Utilizando esta tecnologia, ganhamos poder para trabalhar com uma quantidade muito maior de dados, correlacionando informações que nos ajudam a prever falhas e defeitos de uma forma que dificilmente o ser humano sozinho conseguiria fazer, e é exatamente essa capacidade digital que a BirminD está levando para as indústrias”, finaliza Diego.

Legenda Foto: Diego Mariano, co-fundador e CEO da BirminD

Contatos da assessoria

Email: larissagallep@hotmail.com

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