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Stellantis está de olho na Índia devido aos custos de produção de carros elétricos 

Fabricante vê no baixo custo do país asiático a viabilidade para abastecer o mercado europeu


A Stellantis está de olho na Índia. Devido aos custos de produção de carros elétricos cada vez mais altos na Europa, o grupo automotivo já considera o país asiático como uma alternativa de baixo custo para fabricar modelos zero combustão.

A revelação partiu do próprio CEO da Stellantis, Carlos Tavares, em entrevista à Reuters. De acordo com a agência de notícias, a montadora se mostra interessada em especial nos baixos custos trabalhistas e de produção da Índia.

Stellantis quer fazer carros elétricos mais baratos na Índia

A produção em solo indiano serviria para abastecer o mercado europeu. E seria uma alternativa não só aos altos custos de fabricação na Europa, mas também em relação à concorrência feroz da China, maior produtor de EVs do mundo.

"Até agora, a Europa não consegue fabricar veículos elétricos acessíveis. Então, a grande oportunidade para a Índia seria poder vender carros compactos elétricos a um preço acessível. Ainda não decidimos sobre essa questão, mas é no que estamos trabalhando", afirmou Tavares à Reuters.

Planos de eletrificação

A movimentação da montadora está alinhada com o Dare Forward 2030, plano estratégico da Stellantis revelado em março de 2022. A montadora quer ser líder em eletrificação e sustentabilidade até o fim desta década, e pretende atingir a neutralidade total de carbono até 2038.

Porém, recentemente, o próprio Carlos Tavares afirmou que a produção de veículos elétricos acessíveis ainda é um desafio e que pode demorar de cinco a seis anos.

Desafios da Stellantis na Índia

A Stellantis planeja lançar o primeiro carro elétrico na Índia em 2023. O modelo, compacto, será feito sobre a plataforma eletrificada Smart Car, que usa alguns componentes da arquitetura CMP. Essa é a base do novo Citroën C3 e também do Peugeot 208, ambos comercializados no Brasil.

A investida do grupo automotivo na Índia ocorre depois que a Ford e a General Motors resolveram jogar a toalha no quarto maior mercado de veículos do mundo. As duas tradicionais fabricantes norte-americanas não conseguiram rentabilizar suas operações no país, onde há uma quase hegemonia da Suzuki e da Hyundai.

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