Setembro registra o segundo melhor resultado do ano de venda de motos
Automotive Business -
Venda acumulada nos nove meses chegou perto de 1 milhão e indica alta de 17,2%
Setembro registrou a venda de 123,6 mil motos, o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de maio, quando foram licenciadas mais de 133 mil unidades. A comparação de setembro com agosto indica alta de 4,3%. Os números foram revelados na terça-feira, 4, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.
O bom resultado de setembro decorre da alta na produção de motos, que em agosto atingiu 145,8 mil unidades (o maior número alcançado no ano), favorecendo o abastecimento das revendas. A média diária de emplacamentos em setembro foi próxima a 5,9 mil unidades, abaixo apenas das 6 mil motos/dia registradas em maio.
O acumulado do ano teve 986,5 mil motocicletas licenciadas, uma alta de 17,2% sobre o período janeiro-setembro de 2021: “No ano, a elevação está muito próxima às nossas projeções oficiais”, afirma o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.
Crédito no varejo ainda é baixo
A Fenabrave estima para 2022 a marca de 1,35 milhão de motos licenciadas. Para atingir esse número o mercado terá de absorver mais de 120 mil unidades por mês até o fim do ano.
De acordo com a entidade, a taxa de aprovação de crédito permanece na casa dos 30%. É um índice baixo, mas que vem sendo compensado por uma grande procura não só por entregadores, mas também por pessoas que buscam uma alternativa mais econômica que um automóvel.
Honda cresceu mais que o segmento
Se os emplacamentos acumulados de janeiro a setembro indicam alta de 17,2% é porque foram alavancados pela Honda. A líder do segmento vendeu sozinha nestes nove meses 752,3 mil motos, volume 18,5% maior que o anotado em iguais meses do ano passado. A marca detém 76,3% do mercado.
Como comparação, a Yamaha, segunda locada, cresceu apenas 4% este ano ao licenciar 158,8 mil unidades. A falta de componentes prejudicou a fabricante, sobretudo no primeiro semestre. Também chama a atenção o crescimento de vendas da Shineray, terceira colocada. Com 16,7 mil unidades emplacadas até setembro, acumula alta de 74%.
A Royal Enfield é outra que anotou bom desempenho no ano. Teve 7,4 mil unidades emplacadas até setembro, aumento de 60,1% sobre iguais meses do ano passado.
Mercado premium empacou
Enquanto isso, diferentes marcas com tradição em alta cilindrada tiveram desempenho muito parecido com o de 2021. A BMW anotou 9,2 mil motos vendidas até setembro e ligeira alta de 1,7% sobre iguais meses de 2021.
A Kawasaki entregou 6,7 mil motocicletas no período e recuou 0,5% pela comparação interanual. As vendas da Triumph cresceram um pouco mais no acumulado do ano, 9,4%, mas sobre uma base pequena. Foram 3,8 mil unidades de janeiro a setembro deste ano, ante 3,5 mil no mesmo intervalo de 2021.
A Harley-Davidson continua patinando no mercado brasileiro. Foram exatas 1.596 motos licenciadas de janeiro a setembro deste ano, 100 a menos que em iguais meses de 2021 (queda de 5,9%). A Ducati teve 777 unidades emplacadas este ano e cresceu apenas 3,7%.