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Setor de duas rodas tem seu melhor desempenho no acumulado do ano

Volume se mantém como o melhor para o período desde 2015, com mercado puxado por serviços de entrega


Mário Curcio, para AB

A produção de motos em Manaus somou entre janeiro e julho 776,1 mil unidades, o que mantém o setor de duas rodas em seu melhor desempenho no acumulado do ano desde 2015. Na comparação com iguais meses do ano passado, a montagem local cresceu 16,9%. Os números foram divulgados na quinta-feira, 11, pela Abraciclo, associação que reúne empresas do setor de duas rodas. A produção isolada de julho somou 104,8 mil unidades, pequena alta de 3% sobre o mês anterior. 

Um mês atrás a associação dos fabricantes revisou para cima suas projeções. Com isso, o setor de motos deve produzir 1,32 milhão de unidades e crescer mais de 10% sobre 2021. Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, mesmo com as férias coletivas que ocorreram na transição do sexto para o sétimo mês de 2022, as associadas se empenharam para atender à demanda do mercado.

Produção de motos deve ser maior em agosto

“A produção está seguindo a tendência da nova estimativa, com ligeiro, porém constante crescimento”, diz Fermanian. É provável que a produção de agosto venha forte, próxima a 120 mil unidades, devido aos 22 dias úteis e da ausência de feriados nacionais.

O mercado de motocicletas continua embalado pelos serviços de entrega e também porque esse tipo de veículo se tornou uma alternativa muito interessante ao carro por causa do preço elevado dos combustíveis. Os modelos de baixa cilindrada continuam com filas de espera iguais ou maiores que 30 dias.

Exportações acumulam queda próxima a 7%

De janeiro a julho foram enviadas ao mercado externo 30,1 mil motos, o que resulta em queda de 6,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A retração tem como principal motivo o agravamento da crise econômica na Argentina. O país vizinho perdeu para a Colômbia a liderança em importação de motos brasileiras durante o primeiro semestre.

De janeiro a julho o Brasil enviou à Colômbia 9,1 mil motos (31% do total). Para a Argentina seguiram 7,8 mil unidades (26,6%). O terceiro maior cliente são os Estados Unidos, com 5,4 mil unidades (18,4%).

O número isolado de julho indica quase 5 mil motos exportadas e aumento de 8,1% sobre junho. Até o fim do ano, as fabricantes instaladas em Manaus esperam enviar ao mercado externo 56 mil unidades (4,7% a mais que no ano passado). É muito pouco para um setor que já exportou quase 185 mil motos em um só ano.

Mercado interno cresceu

Entre janeiro e julho foram emplacadas 744,3 mil motos, alta de 18,2% sobre iguais meses do ano passado. Como na produção, o acumulado do varejo em 2022 é o melhor em sete anos.

A análise por região mostra o Sudeste na liderança, com 288,9 mil motos emplacadas e 38,8% do total de mercado. O Nordeste vem em segundo, com 220,5 mil motos e 29,6% de participação.

Ainda em relação aos licenciamentos, os dados isolados de julho indicam 107,6 mil motos e queda de 11% na comparação com junho, motivada pela redução do estoque nas revendas. O varejo também deve vir forte em agosto (em torno de 115 mil unidades) por causa dos 22 dias úteis.

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