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Mês de julho foi o mais forte de 2022 na venda de carros usados

Foram mais de 870 mil unidades no mês, porém, no acumulado, persiste queda próxima a 20%


Mário Curcio, para AB

O mês de julho foi o mais forte de 2022 na venda de carros usados. Com 871,2 mil unidades de automóveis e comerciais leves, resultou em alta de 3,3% sobre junho e um recorde no ano. A média diária passou de 40,2 mil para 41,5 mil transferências. No acumulado dos sete meses, porém, as 5,24 milhões de unidades negociadas indicam queda de 19,5% na comparação com iguais meses do ano passado.

Os números foram divulgados na quinta-feira, 4, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários. A retração no mercado de usados permanece alta porque também persiste a queda entre os novos (quase 13% para automóveis e comerciais leves) em razão da falta de componentes eletrônicos.

Recorde na venda de carros usados contrasta com o momento

O motivo é que a compra de um zero-quilômetro quase sempre envolve um modelo de segunda mão como parte do pagamento. Outro fator que resulta na queda acentuada é que 2021 foi o melhor ano para os usados, ou seja, é uma base de comparação alta.

A relação entre usados e novos vendidos deixa bem evidente esse fato: em julho de 2021 foram negociados 6,5 automóveis e comerciais leves usados para cada modelo novo. Mas em julho de 2022 essa proporção ficou em 5,2 para 1.

Caminhões têm a maior queda acumulada

As transferências de caminhões usados somaram 29,9 mil unidades em julho. Foi o segundo melhor mês do ano, atrás apenas de maio. Já o acumulado do ano teve 181 mil usados negociados, resultando em queda de 23,3% na comparação com iguais meses do ano passado. É a maior retração de todos os segmentos, aqui também motivada pelo recuo no mercado de novos e pela base de comparação elevada.

Alta mesmo, só para os ônibus

Julho também foi o melhor mês de 2022 para os ônibus usados, com 4,1 mil unidades e alta de 6,6% sobre junho. O total dos sete meses teve 24,7 mil unidades transferidas, acréscimo de 8% sobre o mesmo período do ano passado. Ainda assim é um volume pequeno, menor até que a venda de caminhões usados em um único mês.

Transferências de motos somam 1,67 milhão

Assim como os caminhões, as motos usadas tiveram em julho seu segundo melhor resultado de 2022, com 265,3 mil unidades e alta de 3,3% sobre junho. No acumulado de 2022, 1,67 milhão de motocicletas foram negociadas, o que indica queda de 12,1% na comparação interanual.

Essa é a menor retração de todos os segmentos analisados pela Fenabrave e o motivo é o bom momento no mercado zero-quilômetro de duas rodas, cujas vendas cresceram 18,2%, enquanto todos os outros segmentos caíram. A compra de uma moto nova também costuma envolver outra de segunda mão como entrada. Os serviços de entrega e a alta nos preços dos combustíveis mantêm o mercado de motocicletas aquecido.

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