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Citroën divulga a primeira imagem oficial do novo C3

Carro produzido em Porto Real (RJ) será apresentado esta semana


A Citroën divulgou a primeira imagem oficial do novo C3, que será apresentado esta semana, na quinta-feira, 16. É apenas uma nuance na penumbra que mostra um pouco da dianteira e das lanternas DLR de LED do carro que vai substituir o hatch lançado por aqui em 2012 e com poucas mudanças desde então. O modelo, que parou de ser vendido no Brasil desde o início deste ano, agora volta com as formas de um mini-SUV, em tentativa de surfar em uma parte da onda da categoria que hoje domina mais de um quarto do mercado brasileiro de carros com SUVs de todos os tipos, tamanhos e preços sempre mais altos do que um compacto similar.

O novo C3 marca a estreia no Brasil da plataforma CMP (sigla em inglês para plataforma modular compacta), que foi desenvolvida há cerca de cinco anos pelo antigo Grupo PSA para modelos Citroën, DS e Peugeot (como o novo 208 fabricado na França e na Argentina), antes da fusão com a FCA (Fiat Chrysler) completada no começo deste ano que formou o Grupo Stellantis. 

Assim como seu antecessor hatch, o C3 mini-SUV é produzido na planta de Porto Real (RJ) e deve chegar às concessionárias brasileiras entre outubro e novembro, aumentando um pouco o portfólio nacional da marca e trazendo certo alívio à rede, que hoje vende apenas um carro no mercado brasileiro, o C4 Cactus, ao lado das vans importadas Jumper e Jumpy. 

Não dá para saber muito do novo carro só pela escura imagem revelada, mas o desenho do C3 em formato mini-SUV já vem sendo especulado há tempos, recentemente foi divulgada em redes sociais uma miniatura do carro.

Um Citroën para mercados emergentes

Do ponto de vista técnico-mercadológico, já é sabido que o novo C3 é um projeto desenvolvido na Índia – não por coincidência o mesmo país de origem do Renault Kwid, outra tentativa de mini-SUV – e é destinado a mercados emergentes; um eufemismo para designar veículos de entrada feitos com amputações tecnológicas e acabamentos rústicos, para países de baixo poder aquisitivo e consumidores conformados. Por isso, o novo C3 é construído sobre versão simplificada da CMP, mais pobre, ainda que até hoje os padrões de acabamento da Citroën tenham ficado acima da baixa média nacional nesta categoria de automóveis. 

A mesma versão simplificada da CMP deverá ser aplicada a outro mini-SUV de marca irmã, a Peugeot, que tem planos de produzir também em Porto Real o 1008, abaixo do 2008 já fabricado no Brasil desde 2014. No entanto, espera-se que o Peugeot 1008 seja um pouco mais caro e sofisticado que o novo C3. 
Não são esperadas surpresas no powertrain. O novo C3 deve usar o mesmo motor flex 1.6 de 120 cavalos fabricado em Porto Real desde o início dos anos 2000. As opções de câmbio devem ser a manual de cinco marchas ou a automática Aisin de seis velocidades. 

Com a evolução das sinergias trazidas pela fusão entre PSA e FCA, é possível que mais adiante os modelos Peugeot e Citroën também usem os motores turboflex produzidos desde maio no Complexo Automotivo Fiat de Betim (MG), cuja versão 1.3 de 185 cv que já equipa os Jeep Compass e Commander e a Fiat Toro, e o 1.0 deverá estrear provavelmente no mês que vem a bordo de outro SUV compacto, o Fiat Pulse, um potencial concorrente do novo C3. 

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