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Emplacamentos de motos em março tem alta de 8,5% sobre fevereiro

Combinação de demanda aquecida e falta de estoques resulta em fila de espera de até dois meses


MÁRIO CURCIO, PARA AB

Os emplacamentos de motos em março somaram 62,3 mil unidades, anotando alta de 8,5% sobre fevereiro, um mês ruim pela falta de produtos de baixa cilindrada nas concessionárias. A comparação com março do ano passado aponta queda de 17,4%. E o trimestre teve 205,5 mil motocicletas licenciadas, uma retração de 16,7% ante iguais meses do ano passado. Os números foram divulgados terça-feira, 6, pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionárias.

Segundo a entidade, a procura por motos permanece aquecida e a taxa de aprovação de crediário estaria próxima a 50%, mas o setor ainda sente os reflexos da queda da produção em janeiro, quando a pandemia de Covid-19 se agravou em Manaus (onde está a maioria das fábricas). Isso afetou diretamente os estoques das concessionárias.

“Por causa dessas dificuldades, muitas vendas estão com programação de entrega para até 60 dias”, lamenta o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

HONDA PERDE PARTICIPAÇÃO PARA YAMAHA

Líder de mercado, a Honda vendeu de janeiro a março 149,7 mil motos, anotando queda de 22,9% ante iguais meses do ano passado. Nesse período, sua participação de mercado caiu de 78,7% para 72,8%.

A vice-líder Yamaha teve 41,2 mil motos novas licenciadas no primeiro trimestre de 2021. Suas vendas contrariaram o mercado e cresceram 11,9% sobre iguais meses de 2020. Com isso sua fatia aumentou de 14,9% para 20%. Outras fabricantes cresceram no primeiro trimestre, como BMW (2,3 mil motos, alta de 6%) e Kawasaki (1,9 mil unidades, crescimento de 15,8%).

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