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Segmento de reposição automotiva brasileiro movimenta R$ 100 bilhões e deve crescer entre 6% e 7% até 2023

Estudo realizado pela consultoria McKinsey foi apresentado durante evento promovido pela entidade


WILSON TOUME, PARA AB

O segmento de reposição automotiva brasileiro movimenta R$ 100 bilhões e deve crescer entre 6% e 7% até 2023. Essa foi a conclusão do estudo realizado pela consultoria McKinsey apresentado pela primeira vez durante o 2º Encontro da Indústria de Autopeças, evento organizado pelo Sindipeças que ocorreu na segunda-feira, 5 de abril.

Embora o número pareça animador, ele se baseia no envelhecimento da frota – principalmente de veículos de passeio, que não deve aumentar significativamente – o que vai demandar mais manutenção e, consequentemente, maior número de componentes substituídos. O levantamento da McKinsey indica ainda que vai aumentar o número de automóveis com 12 anos ou mais de uso, passando dos atuais 41% da frota para 45% já no próximo ano. Com isso, a porcentagem de carros novos vai se manter estável, em torno de 14%. Os automóveis de passeio devem ser responsáveis por 62% dos negócios do setor, enquanto os veículos pesados responderão por 28% e as motocicletas pelos 10% restantes.

O diagnóstico foi apresentado por Roberto Fantoni, sócio sênior da McKinsey, e também mostrou que, entre as tendências que já estão acontecendo no setor, a entrada de novos personagens no mercado revelam o interesse das montadoras em disputar o segmento por meio da oferta de serviços (e não mais apenas com produtos). Prova disso são a Mopar, que cuida da manutenção dos veículos da FCA, e as redes Motrio, do grupo Renault, e Euro Repar, da PSA, que atendem veículos de todas as marcas.

OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO

Mesmo assim, o estudo apresentado no evento do Sindipeças mostrou que existem oportunidades no setor, como na distribuição de autopeças. Para se ter ideia, nos Estados Unidos apenas quatro grandes empresas dominam 50% desse mercado, enquanto no Brasil as quatro maiores possuem cerca de 10%. Ou seja, há muito mais espaço para disputar por aqui.

Já as oficinas no Brasil, embora sejam em número muito menor que nos Estados Unidos, também atendem menos automóveis, o que revela uma falta de consciência dos proprietários com a manutenção. Cada oficina americana responde por quase três vezes mais veículos que as brasileiras. Então, caso ocorra uma mudança de comportamento por parte dos consumidores do País, isso vai representar outra oportunidade de negócios, indica o estudo.

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