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De Olho No Futuro, Sustentabilidade Levada A Sério

Com a meta anual de redução de consumo de 6%, válida em toda a corporação, a GM do Brasil tem alcançado sensível economia em suas fábricas


De Olho No Futuro, Sustentabilidade  Levada A SérioA gestão da água em uma empresa industrial do porte da General Motors do Brasil é coisa para especialista.  Dá para imaginar a complexidade? Afinal, o líquido está presente não só no dia-a-dia de milhares de funcionários que passam o dia todo nas fábricas (São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, em São Paulo, e Gravataí no Rio Grande do Sul) e outras unidades não fabris como os CDPs (Centro de Distribuição de Peças), de Sorocaba e Mogi das Cruzes, e o Campo de Provas, em Indaiatuba. A água é quase uma matéria-prima em partes do processo produtivo dos veículos Chevrolet, como a pintura.
Ser sustentável não chega a ser novidade para a GM do Brasil, que começou a tratar seus efluentes entre 1978 a 1982 em suas diversas plantas. O controle de desperdício é geral, com prioridade para os processos de produção. Segundo Claudio Eboli, diretor da GM do Brasil na área de WFG (Worldwide Facilities Group) – ou, em bom português, Grupo Global de Instalações, é aí que o consumo de água é maior: "A pintura representa 85% de todo o consumo de água, e por essa razão, tem que ser prioridade. Outro ponto de grande consumo é na soldagem, que é refrigerada à água", aponta.


A GM exerce controle restrito sobre o volume de água consumido em cada processo industrial e trabalha com padrões estabelecidos de consumo para verificar se estão ocorrendo desvios. Graças a isso e à implantação de programas de reúso da água, a empresa conseguiu uma redução média de 62% entre todas as suas unidades nos últimos cinco anos, ultrapassando a meta anual de redução de 6%.
Atualmente a GM do Brasil produz um volume de água de reúso industrial superior ao que utiliza.  Em São Caetano do Sul, o excedente tratado chega a 60% e é devolvido no curso d’água que passa junto à propriedade, de onde a água é retirada, em conformidade com as normas ambientais e com a política ambiental do município. Na preparação para o reúso industrial, a água bruta libera uma espécie de lama, resíduo que é enviado para empresas de co-processamento em fornos de cimento. "Todo resíduo desse processo vai para incineração, um compromisso nosso de não mandar o resíduo para aterro sanitário" afirma Cláudio Eboli.
O tratamento muda quando o reúso é para jardinagem e lavagem de piso. "Estamos investindo em novos sistemas de filtragem para essa água, com um conjunto de filtros equipados de membranas diferentes para retenção de toda e qualquer impureza, ainda que mínima, que possa contaminar o solo pelo uso contínuo", destaca Eboli.


Construído no conceito green building, o novo edifício do CT exibe um aparato para captação e tratamento de água de chuva para reúso exclusivo nos banheiros. O sistema, que começou a operar em agosto de 2009, tem capacidade total de armazenamento de 80 mil litros.  A água é captada em um reservatório na rede de galerias com capacidade para 25 mil litros e bombeada para outros três tanques com 18 mil litros cada um. Recebe tratamento e, depois de usada, volta para o sistema de galeria pluvial.
Nos banheiros do CT Green, usados por uma população de 2.300 funcionários, os sistemas de controle de vazão são sensorizados. Nas torneiras, três tipos de restritores - reguladores de pressão, sensores e redutores de fluxo - possibilitam a redução de 60% do consumo de água. Nos vasos sanitários, válvulas de descarga dupla – leve de  três litros para limpeza líquida e pesada de 6 litros para resíduos sólidos - diminuem o consumo em torno de 12%. "Do ponto de vista econômico, o aparato é caro e o retorno do investimento só virá em mais de três anos, mas o que nos motiva é a conscientização para o meio ambiente, isso não tem preço. Temos obrigação social, precisamos pensar no futuro dos nossos netos", enfatiza Cláudio Eboli.


O executivo ressalta que as mudanças nos processos produtivos da GM do Brasil que usam água contribuem para os resultados positivos alcançados até agora. Ele cita a recalibração de todo sistema de lavagem da carroceria antes de entrar para o processo de pintura, área que, segundo Eboli, representa 85% do consumo de água na produção. "Por isso fazemos o que chamamos de gabaritagem, ou seja, a regulação de todos os bicos ejetores para evitar a perda da eficiência no processo e o desperdício de água", conta. 
Ficar dentro da meta anual - e global na corporação - de redução de consumo de 6% exige muito controle. Se os relatórios apresentarem discrepância no consumo de água e de energia elétrica, a unidade deve apresentar formalmente um plano de ação para corrigir o problema, com prazo para concluir essa ação. Por isso também a manufatura tem esses números controlados na ponta do lápis.
Neste ponto, o programa de melhoria contínua desenvolvido pela companhia ajuda bastante. As melhores idéias de uma fábrica são imediatamente divididas com as outras. Para aferir isso, há um comitê interno que se reúne todas as quintas-feiras, ocasião em que as melhores práticas de consumo são compartilhadas para aprimoramento: "Hoje algumas plantas já trabalham na redução do índice de sujividade, a quantidade resíduos que podem estar no veículo que vai para o processo de pintura, que é onde temos o maior consumo de água. Ali, a sujeira é pesada e analisada para saber se há componentes metálicos ou qualquer outra substância para fazer com que o carro suba cada vez mais limpo, contribuindo, assim, para a diminuição do consumo de água no processo".


Não faltam campanhas, avisos nos banheiros sobre uso consciente do tipo "qualquer caso de vazamento ligue para" e folhetos educativos. "Este ano estamos com um trabalho bastante agressivo de conscientização dentro da empresa e na casa do funcionário para mover a sociedade nessa direção. Temos obrigação social de pensar nas futuras gerações e estamos estudando o envolvimento de escolas nesse trabalho de conscientização", diz Eboli.
Ele revela que nos próximos três anos a previsão é investir R$ 3 milhões em melhorias de sustentabilidade, excluídos os projetos de novas instalações: "Queremos implementar energia solar não como fonte de aquecimento, mas como geradora de energia. Fizemos contatos com a universidade de Santa Catarina com objetivo de estabelecer parceria nesse sentido". 

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