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O Segredo Dos Filtros Na Produção Da Cerveja

Muitos brasileiros apreciam uma boa cerveja. Seja no happy hour de sexta-feira, após o trabalho, ou então em um dia de muito calor.



O Segredo Dos Filtros Na Produção Da Cerveja

Muitos brasileiros apreciam uma boa cerveja. Seja no happy hour de sexta-feira, após o trabalho, ou então em um dia de muito calor. Com sol na praia, beber aquela famosa geladinha para aliviar a tensão e o estresse causados pelo dia a dia sempre cai bem. A escolha do produto faz sentido, afinal, nosso País tem se mostrado cada vez mais dedicado ao mercado cervejeiro.
Atualmente, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja (Sindicerv), o Brasil é o nono maior consumidor do produto no mundo, bebendo por ano, em média, 47 litros per capita. A República Checa, líder no ranking, registra o consumo de 158 litros por habitante ao ano.
Os números impressionam ainda mais quando o assunto é produção. Neste quesito, o Brasil já ocupa o quarto lugar entre os maiores fabricantes de cerveja do globo, com um volume anual de cerca de 10,3 bilhões de litros. Estão à sua frente como os grandes fabricantes apenas os chineses, que atingem a marca de 35 bilhões de litros por ano, seguidos por EUA, com 23 bilhões, e Alemanha, com 10,7 bilhões.
Tanto mercado chama a atenção daqueles que querem investir no setor ou estar sempre bem informados das novas tecnologias que surgem. De 5 a 7 de julho, acontece no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a Brasil Brau, uma feira especializada no ramo cervejeiro. Para participar do evento, não há necessidade de pré-credenciamento. Será preciso apenas apresentar na entrada um documento (como cartão de visita, crachá da empresa) que comprove que o visitante trabalha no setor. Quem não for da área e quiser participar, não precisa se preocupar. Desembolsando R$ 30,00, qualquer pessoa terá acesso à feira, que este ano trará algumas novidades.
A principal delas é o Degusta Beer que, segundo Fabiana Sardinha, gerente da Fagga GL events e responsável pela organização do evento, tornou-se um sucesso porque dá ao público a chance única de experimentar os produtos e se antecipar às novidades do mercado. "O Degusta Beer foi concebido para proporcionar a aproximação entre expositor e público", afirma Fabiana.
"O resultado que temos obtido não é apenas a geração de novos negócios como a consolidação das marcas dessas empresas, mas o alto valor agregado na lembrança daqueles que visitam a feira", acrescenta. "Como em qualquer ambiente de negócios, é importante que os interessados possam experimentar produtos, principalmente as novidades de um mercado como o de microcervejarias e cervejas especiais", finaliza.
Simultaneamente à Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja, será promovido na Brasil Brau o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira. A edição do Congresso reunirá profissionais de destaque, atuantes nos mercados nacional e internacional, para a apresentação de palestras e painéis com novas técnicas e soluções para diversas aplicações do processo de produção cervejeiro.

O Segredo Dos Filtros Na Produção Da Cerveja



O Segredo Dos Filtros Na Produção Da CervejaUm dos pontos que certamente será abordado é a filtração. Este procedimento está presente durante todo o processo de fabricação da cerveja e tem como objetivo primário a eliminação de turvações, levedura, resinas de lúpulo, ligações tanino-protéicas; eliminação de microrganismos, bactérias e redução ou extinção de substâncias que podem levar a uma turvação, como proteínas e polifenóis.
Uma má filtrabilidade traz consigo algumas desvantagens, como por exemplo, o elevado consumo de água, energia e elementos auxiliares de filtração e riscos microbiológicos. O primeiro processo de filtração começa na água que será usada para se misturar ao restante do produto. A empresa Tech Filter abrange no mercado aplicações para filtração e tratamento de água utilizada na indústria de cerveja e bebidas. Entre os principais filtros utilizados estão os decloradores em aço inox (padrão sanitário) e filtros polidores com elementos nominais e absolutos.
"Na água de produção da cerveja, pode-se utilizar sistemas de ultrafiltração. Este, por sua vez, substitui um processo de tratamento convencional (Fisico Químico/ Decantação) e propicia uma qualidade final muito superior", garante o gerente geral da Tech Filter, Fernando Damasceno. "Além do mais, o sistema é totalmente automático", observa. "Outro ponto bastante importante é a área de ocupação do sistema, que comparada a um sistema convencional, pode ser reduzida em até 80%", explica.
Passado esse processo vem a filtração da cerveja propriamente dita. A aplicação das técnicas de filtração varia de acordo com cada empresa. Existem vários métodos a serem utilizados. Entre os principais filtros estão os de placas horizontais, os de cartucho e o de membrana, este considerado o mais moderno. O avanço contínuo de novas aplicações com base neste último filtro citado e o desenvolvimento de membranas de melhor qualidade e mais duradouras, oferecem novas perspectivas nesta área.
"A filtração por membrana é uma técnica que utiliza uma barreira física, sob a forma de membrana porosa ou filtro, para separar as partículas num fluido. Essas partículas são separadas com base no seu tamanho e forma, utilizando, para tal, o efeito da pressão e membranas especialmente desenhadas para o processo, apresentando poros com diferentes diâmetros", afirma o suíço Patrik Gruber, um dos diretores da Pall, que ao lado da Gea West Falia fabricam em conjunto um filtro para abastecer o mercado. Entre os seus principais clientes está a Ambev.O Segredo Dos Filtros Na Produção Da Cerveja
"Embora haja diferentes métodos de filtração por membrana (osmose inversa, nano filtração, ultrafiltração e microfiltração, em ordem crescente relativamente ao diâmetro dos poros da membrana), todos eles pretendem a separação ou concentração de substâncias em um líquido", ressalta.
A aplicação desta técnica de filtração oferece uma ampla gama de vantagens tanto para o consumidor como para o produtor. Por um lado, a tecnologia de filtração representa uma forma eficaz de conseguir uma qualidade superior e uma maior segurança, sem por em causa as propriedades sensoriais essenciais do produto. Ela elimina os ingredientes indesejáveis, tais como os microrganismos, borras ou sedimentos, que têm um impacto negativo na qualidade, garantindo assim um produto final mais atrativo no que diz respeito à textura, e com maior tempo de prateleira.
Além disso, encurta algumas fases de produção e aumenta o rendimento; apresenta um elevado grau de seletividade; aumenta o nível de controle sobre o processo produtivo e tem baixos custos energéticos. Desde que a tecnologia de filtração por membranas passou a ser utilizada como um substituto para filtros de diatomáceas, os cervejeiros já não têm que trabalhar com sílicas poluentes, que acabam sendo prejudiciais para a saúde.

 

Sistema de membrana da Pall e Gea Westfalia ajuda na clarificação da cerveja
As novas exigências da indústria cervejeira têm incentivado os fabricantes de filtros a repensar suas tecnologias de produção. Os aspectos ambientais, de defesa do consumidor, a escassez de água, as variações na qualidade da matéria-prima, os custos do trabalho ou de uma variedade crescente de classificação influenciam as decisões futuras na criação de novas instalações.
"O sistema de membrana PROFI é uma solução moderna de clarificação de cerveja que minimiza o desperdício, consumo de água e utilitário, aumentando a eficiência da produção de cerveja", garante Patrik Gruner diretor da empresa Pall.
Projetado para uma operação contínua, os sistemas de membranas PROFI fornecem velocidade e flexibilidade, além de proporcionar um alto rendimento permitindo que a qualidade da cerveja não seja perdida. O delineamento de blocos modulares maximiza a segurança do produto, a eficácia da limpeza e o uso do utilitário.
O sistema PROFI combina uma centrífuga de alta performance com um filtro de unidade de membrana cruzado, muito eficiente para cervejas. O produto é o resultado da engenharia de pesquisa e desenvolvimento significativo baseado na experiência cervejeira de duas grandes empresas: a Pall e a Gea Westfalia.

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Muito comuns e já consolidadas nos mercados europeu e também americano, as microcervejarias começaram a surgir no Brasil apenas na década de 90. Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Microcervejarias (ABMIC), temos mais de 80 plantas cervejeiras atuando neste nicho de mercado. A distribuição é limitada e atende geralmente apenas alguns bares e restaurantes.
Voltadas para um público mais sofisticado, as cervejas artesanais trabalham com produtos diferenciados, além de um enfoque maior no processo de produção. Enquanto uma grande indústria jamais faria uma cerveja para atender a um público limitado, é justamente neste nicho que as microcervejarias buscam atuar. Estima-se que uma empresa do ramo fabrica por mês cerca de 10 a 20 mil litros de cerveja.
Mas, o que as tornam tão diferenciadas? Para um bom amante de cerveja, a resposta é simples e pode ser encontrada no seu processo de fabricação. Algumas empresas do ramo, mesmo utilizando equipamentos modernos e engarrafando suas produções, continuam sendo consideradas artesanais pelo cuidado que têm com sua produção, indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais, e não químicos.
É o caso da Baden Baden, que pertence ao grupo Schincariol, mas manteve a produção da cerveja de forma artesanal, seguindo os ideais de sua fundação. "A empresa não tem pretensão de alterar a filosofia da marca", garante Homero Guercia, diretor industrial da Schincariol.
Segundo Homero, não apenas para a Baden Baden, mas em todo processo de fabricação de cervejas, há etapas onde ocorre a utilização de sistemas de filtração. As principais são: a filtração do Mosto (quando ocorre a separação do mosto e do bagaço), onde há dois tipos de equipamentos mais utilizados: tinas de filtração e filtros prensa; a filtração da cerveja maturada, para a qual existem diferentes tecnologias: filtro de placas horizontais, filtros cartucho, filtro de placas verticais; microfiltração (filtros de Cartucho, ou de membranas, muitas vezes microbiológicos) utilizados na produção de chope ou de cervejas draft.
"A Baden Baden, em específico, trabalha com tina de filtração para a filtração do mosto, com filtro de cartucho para filtração da cerveja maturada e com microfiltração microbiológica para o chope", explica. "A microfiltração microbiológica, em especial, tem o objetivo de dar maior estabilidade microbiológica ao chope da Baden Baden ao longo do seu tempo de vida de prateleira. É um processo caro, mas que é importante para garantir os elevados padrões de qualidade conferidos aos rótulos da marca", finaliza Homero.

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Fabricada pela primeira vez há mais de 6 mil anos, coube aos sumérios e também egípcios, na Antiguidade, a fama da invenção do produto. A cerveja em si era uma mistura de água, pão semi-cozido, malte de cevada e suco de tâmaras ou tamarindos para obtê-la. A partir do início da Idade Média, os mosteiros europeus assumiram a fabricação da bebida que adquiriu o sabor como é conhecido atualmente.
Coube à família real portuguesa introduzir a sua chegada em terras brasileiras. O próximo passo neste avanço histórico seria a fabricação nacional. E isso começou a ocorrer por volta de 1836.
Durante muito tempo, o nosso País foi dominado pelas grandes cervejarias que nos abasteciam no mercado e não nos davam grandes opções de variar. Hoje, no entanto, ao entrar num bar ou restaurante e pedir uma cerveja, o consumidor já pode deparar-se com uma série maior de produtos. Tudo isso se deve às microcervejarias, que, desde 1986, vêm produzindo no país cervejas dos mais diferentes tipos, com muito mais variedades que as das grandes marcas e que agradam a um leque cada vez maior de apreciadores.


As cervejas são classificadas por suas famílias e tipos. Existem três famílias e vários tipos. Por exemplo, a cerveja do tipo Pilsen faz parte da família Lager, e as cervejas de trigo (Weizenbier) fazem parte da família Ale. Conheça, abaixo, os tipos e a qual família pertencem as respectivas cervejas:


As ales são cervejas aromáticas, em geral escuras e com forte paladar amargo de lúpulo.
Totalizam 5% da produção mundial, que se concentra na Alemanha, Inglaterra e Bélgica; o teor alcoólico em volume está entre 3 e 4%. As cervejas do tipo Ale são produzidas com leveduras de alta fermentação e possuem extrato primitivo acima de 12,5%.

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As lager formam uma família de cervejas ditas mais leves, de diversas graduações alcoólicas. É a mais comum no Brasil, sendo que todas as fábricas grandes e pequenas fazem cevejas lager.
A maior parte da produção é de pilsen; uma pequena parte é de malzbier, münchen e lager brasileira, além da bock, cuja produção cresceu muito nos últimos anos.

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É o tipo mais antigo de cerveja feito no mundo. São feitas de trigo, porém, não são adicionadas leveduras no mosto, ficando a fermentação a cargo dos agentes naturais.
Trata-se de um tipo muito peculiar de cerveja, dotada de uma gama extremamente numerosa de aromas, os quais vão do frutado (como framboesa, cereja ou banana) ao extremamente cítrico (como vinho branco ou vinagre).  

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